Homenagem á República Castelo dos Nobres pelo seu centenário

Dando continuidade às comemorações do 143° aniversário da Escola de Minas, no dia 11 de outubro de 2019 a República Castelo dos Nobres foi homenageada pelo seu centenário.

Na ocasião, ex-alunos foram homenageados e o título de "Real Espírito Gorceix" foi entregue à República.

O ex-aluno da República Castelo dos Nobres, Prof. Dr. Leonardo Corrêa Bomfim, deu início aos discursos, destacando a comemoração de um marco histórico: os 100 anos da República Castelo dos Nobres, a moradia estudantil em funcionamento mais antiga do Brasil e da América Latina. Impulsionado por este espírito, o músico se dedicou à escrita do livro “República Castelo dos Nobres: 100 anos de história, tradição e amizade”. Na oportunidade, descreveu sobre a publicação, dizendo: "(...) O intuito da publicação deste livro foi o de engrandecer a comemoração do Centenário da república, redescobrindo e reescrevendo nossa história e nossos ‘causos’ (...) Neste processo de escrita, que, apesar de autoral, possui um forte caráter de coletividade, foram realizadas pesquisas em livros, teses, reportagens, entrevistas, documentos e fotografias, visando à produção de um conhecimento científico sobre o tema e abordando suas relações com a Escola de Minas (1876), a Escola de Farmácia (1839) e a consolidação da UFOP em 1969, que hoje também comemora seus 50 anos. Desejo que o espírito visionário de Dom Pedro II e de Henri Gorceix, em comunhão à luta por direitos e por justiça dos Inconfidentes, permaneça em nossos corações. Desejo, ainda, que em nossas mentes se mantenha a clareza de que a educação será sempre o caminho para o desenvolvimento de um país, e de que conhecer a nossa história e a de nossas instituições é um direito e um dever de todo cidadão."

O ex-aluno José Luiz Amarante também discursou durante as comemorações, descrevendo um pouco de sua trajetória na República Castelo dos Nobres: "(...) No segundo semestre, fui aceito na Castelo dos Nobres, e tudo mudou. Lá eu encontrei os irmãos que não tive na minha família, vivenciei o que se pode chamar de amizade fraterna, onde se respeita e se admira o mérito pessoal e a harmonia entre as diferenças e, a partir desse convívio diário na Castelo dos Nobres, aprendi a acreditar nas minhas possibilidades, respeitar meus limites e, sobretudo, a perseverar. Aprendi a respeitar e apreciar as diferenças, pois éramos todos de origens diferentes. Aprendi a controlar os meus pré-conceitos, a aceitar opiniões contrárias. Aprendi a admirar a excelência e a aceitar que sempre haverá alguém com quem se aprenderá algo de importante. Aprendi a ter a necessária coragem para adentrar nos quartos escuros da vida. Aprendi a gostar da liberdade de viver como adulto ainda no fim da adolescência e de assumir a responsabilidade que esta liberdade impunha. Foram cinco anos de intenso aprendizado, que marcaram profundamente o meu futuro como ser humano e profissional."

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